30 de outubro de 2020

 um dia, quando morrer, também vou ser um máximo.

"como se o caminho não fosse um elemento indiferente, mas participasse na perseguição, na fuga, na batalha. [...] o espaço tem coisas, não é um mapa, não é um plano estúpido que só recebe [...] é um volume, uma coisa orgânica."


GMT

 "a realidade cheia de etiquetas como se ela própria necessitasse de indicações. [...] a realidade criou a linguagem [...] a língua ficaria vazia, à espera que a realidade começasse. não houve, pois, um diálogo de gentilezas mútuas, um: comece você/ não, primeiro você, faço questão. nada disto. a realidade entrou primeiro."


GMT

"fazer algo é eliminar a desordem, a extraordinária capacidade da natureza para instalar o caos. fazer é parar, à força, o mundo. [...] fazer algo é [...] dar uma direção, impor um mapa e nesse mapa um caminho. mas um caminho é já uma produção do homem; o mundo natural [...] não tem um caminho, mas todos e ao mesmo tempo: como alguém muito indeciso ou muito avarento que guarda tudo para si. e o mais difícil é fazer devagar, fazer baixinho. muito mais energia exige o pormenor."


GMT

"o espanto é uma técnica. o espanto é o pressuposto [...] do aumento das possibilidades. estar espantado é estar pronto para um alargamento das possibilidades. [...] o corpo espantado é o corpo que recebe um golpe."


GMT

"a história de um rapaz fechado noutro."


LC

 "passo o tempo escondido

no piano partido

fico a cantar"


LC

28 de outubro de 2020

 "como se fosse possível fazer a estátua de um corpo que cai, no exato momento em que cai."


GMT